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Ayn Rand e a Bomba A

Ayn Rand e a Bomba A

4 Mins
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3 de Agosto, 2016

A 6 de Agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica sobre Hiroshima, Japão, na esperança de acabar rapidamente com a Segunda Guerra Mundial e evitar mais meio milhão de baixas americanas susceptíveis de serem sofridas se o conflito se arrastasse. A guerra terminou rapidamente. Mais tarde, nesse mesmo ano, o produtor Hal Wallis pediu a Ayn Rand para desenvolver um guião sobre a realização da bomba. O projecto do filme, Top Secret, foi abandonado alguns meses mais tarde, mas o trabalho de Rand no filme oferece algumas lições para hoje.

Bomba atómica las alamos

O TEMA DA BOMBA ATÓMICA É DE UMA GRAVIDADE MORTAL

Num memorando a Wallis, Rand declarou que "Uma tentativa de fazer uma imagem sobre a bomba atómica pode ser o maior crime moral da história da civilização - a não ser que se aborde o sujeito com a mais sincera e solene compreensão da responsabilidade envolvida, até ao limite máximo da inteligência e honestamente, como se aproximaria o Dia do Julgamento - porque é isso que o sujeito representa".

Ela argumentou que era o "pensamento dos homens" que determinaria se e quando a bomba fosse utilizada. E porque o "cinema é o meio mais poderoso de influenciar o pensamento dos homens", tal assunto não deve ser tratado "de ânimo leve ou descuidado".

Aqui Rand compreendeu que a tecnologia, tal como a bomba, consiste inteiramente em ferramentas criadas pelas nossas mentes. É a nossa moralidade que determina se utilizamos as nossas ferramentas para o bem ou para o mal.

O PERIGO DO ESTATISMO

Rand perguntou no seu memorando: "Qual é o perigo específico da bomba atómica para a humanidade"? No rescaldo de Hitler e com a Rússia estalinista uma ameaça crescente, Rand explicou que "a questão básica do mundo". . está entre o estatismo e a liberdade". Especificamente: entre um governo todo-poderoso e a livre iniciativa". Compreendeu que "o estatismo leva os homens à guerra devido à sua natureza".

O estatismo pela sua natureza envolve a iniciação da força pelo governo contra indivíduos. Rand compreendeu que era o Statismo que tornava a bomba perigosa. Um sistema em que os indivíduos lidam uns com os outros com base no consentimento mútuo não teria necessidade de guerra e as armas seriam apenas para defesa e dissuasão.

HOMENS LIVRES PRODUZIRAM A BOMBA

Enrico Fermi quadro a giz A

Rand queria ter a certeza de que o filme não dava poder àqueles que argumentavam: "Vês o que um governo forte pode fazer? Muitas pessoas opuseram-se à utilização de dinheiro por Roosevelt para fins secretos - vejam o que ele vos deu"! Rand contrapôs que um filme deve "apresentar a questão não em termos superficiais e políticos - mas nos seus termos mais profundos e essenciais".

Para começar, a defesa nacional é uma função própria do governo; assim, as despesas com a defesa são válidas. Mas Rand observou que as despesas do governo não eram suficientes. A Alemanha nazi e a União Soviética não tinham produzido uma bomba atómica. Foram os homens livres que a produziram. (Os soviéticos só receberam a bomba mais tarde, graças a segredos que roubaram aos americanos).

Rand salientou que as mentes-chave que tornaram a bomba possível foram os refugiados de países totalitários - Einstein, Bohr, Fermi, Meitner. E os cientistas-chave que trabalharam no Projecto Manhattan para produzir a bomba foram voluntários, convidados pelo Dr. Robert Oppenheimer, o cientista civil que liderou o projecto.

A LIBERDADE INCLUI A LIVRE TROCA DE IDEIAS

Rand entrevistou Oppenheimer, bem como o General Leslie Groves, que supervisionou o projecto para o exército. Nas suas notas, observou que o trabalho quotidiano real para alcançar a tarefa aparentemente impossível de produzir uma arma atómica era feito não através de ordens e directivas das autoridades que tinham de ser obedecidas, mas sim através de uma troca aberta.

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As suas notas incluíam, "General Groves era o único chefe sobre Oppenheimer," e "Cientistas com escolha de problemas". Razões em vez de autoridade. Livre para resolver problemas". Rand observou que mesmo os cientistas que estavam no exército eram "livres no laboratório". Nunca trabalharam sob coacção".

Groves, um homem militar, foi suficientemente sábio para compreender que precisava de deixar os cientistas usar as suas mentes à sua própria maneira. Groves reafirmou assim uma percepção aguçada encontrada em todos os escritos de Rand: a mente não pode ser forçada!

MENSAGEM DO RAND: CONFIAR A TECNOLOGIA APENAS A UM POVO LIVRE

Nos últimos anos, a decisão de utilizar a bomba atómica foi alvo de críticas. Mas, independentemente da controvérsia, as observações de Rand podem informar o seu pensamento sobre o nosso futuro. Mentes livres criam tecnologias. Os sistemas morais determinam a forma como utilizamos as tecnologias. A moralidade estatista - da esquerda e da direita - empregaria a tecnologia para forçar escolhas e mentes individuais. A força é a destruidora das mentes. Assim, se queremos tecnologias que nos beneficiarão no futuro, precisamos de mentes livres e de sociedades livres!

Eduardo Hudgins
About the author:
Eduardo Hudgins

Edward Hudgins, exdirector de promoción y académico sénior de The Atlas Society, es ahora presidente de Human Achievement Alliance y puede ponerse en contacto con él en Correo electrónico: ehudgins@humanachievementalliance.org.

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